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Por Olho da rua
Coluna da atriz, bailarina, diretora, roteirista, compositora, poeta, cozinheira madrasta e vocalista da banda Fábrica de Animais Fernanda D'Umbra
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“A preocupação maternal é diferente de qualquer outra”

Para Fernanda D'Umbra, o amor de mãe é diferente de qualquer outro sentimento. E não adianta pedir que sua mãe não se preocupe com seus filhos

Por Fernanda D'Umbra Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 Maio 2017, 10h00 - Publicado em 21 Maio 2017, 10h00

Não sou mãe. Amo crianças, jovens, adultos, idosos, e poderia ser mãe de todos eles, se amar fosse o único motivo que leva alguém a se tornar mãe. Mas não. Tem mais coisa aí, não é possível. Vejamos: a gestação não justifica. Arrebatadora, inesquecível, mas sozinha não explica a necessidade de ser mãe, afinal, ela é só o começo. Depois que o bebê nasce é que começa o jogo.

A infância, suas delícias e sustos também passam e nessa época as mães me parecem tão ocupadas que mal conseguem aproveitar tudo. Invariavelmente falam da saudade que têm do tempo em que seus filhos eram pequenos. Compreensível, bebês e crianças são seres enlouquecedores e adoráveis. Impossível esquecer essa fase. A saudade é certa.

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Então os filhos crescem e os problemas se diversificam. São muitos. E mães geralmente reclamam entre mães. Elas sabem do que estão falando, trocam exemplos, experiências, conselhos. E dão risadas juntas, porque, além dos problemas, os filhos lhes trazem muito orgulho. Sua força as reúne numa categoria única. Mas pedir a uma mãe que não se preocupe é ridículo. Ela vai se preocupar. Sempre. Ela, inclusive, lida com a apreensão de forma quase natural. A preocupação maternal é diferente de qualquer outra.

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Quando estão com seus filhos, mudam também o olhar, a voz, a tosse, o jeito de correr ao atravessar a rua. O choro. Lembro da primeira vez em que vi minha mãe chorando. Ela chorava para minha avó, sua mãe. O assunto era muito sério e aquela cena jamais me deixou. Aquilo foi estranho, estou mais acostumada ao seu sorriso. Mãe chorando é muito difícil de ver. Se ela está sofrendo, eu me torno alguém muito forte, como se ela fosse minha filha.

Minha irmã também é mãe. E meu sobrinho se parece tanto comigo que já se confundiram várias vezes, achando que fosse meu. Poderia ser, mas não é. Meu amor por ele não faz parte dessa categoria, “amor de mãe”. É de outro tipo. Forte, corajoso, abnegado, mas caminha do outro lado da calçada. Quem tem amor de mãe é mãe. Meu amor tem outro nome.

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Penso sempre nas mães que não gestaram, que não deram à luz, que pegaram alguém nos braços e se tornaram mães. Tenho uma amiga que adotou uma criança de 6 anos. Um dia a encontrou aos prantos no quintal. A menina contou que tinha dois irmãos. Então minha amiga disse: “Se são seus irmãos, são meus filhos. Vamos encontrá-los”. Dito e feito. Depois de muito procurar, estão todos juntos. Isso é amor de mãe – ou não?

Hoje, enquanto escrevo, minha mãe e minha irmã me visitam. E meu pai deve estar rindo no além, porque sempre fazia isso quando estávamos juntos. Por toda sua vida ele mandou cartões de aniversário para a mãe dele em que declarava o amor de filho. Um tipo de amor que só as mães recebem.

Neste mês, em que elas são lembradas das formas mais diversas, quero dizer que esse amor, que elas sentem todos os dias e que não se compara a nenhum outro, é transformador porque é inegociável. E não relativizar o amor é revolucionário. Muda nosso jeito de pensar e de andar por aí.

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Que as mães sejam para todos uma constante inspiração de parceria e confiança. A elas dedico meu amor de filha, amiga, irmã, sobrinha e prima. É um grande prazer dividir este mundo com vocês. Muito obrigada!

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